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Aviários do concelho consomem mais água que população

Atividade avícola gasta mais de três mil metros cúbicos por dia, enquanto habitantes consomem cerca de dois mil

A forte atividade avícola no concelho de Aguiar da Beira começa a causar preocupações ao nível do impacto ambiental, nomeadamente no consumo de água e num ano seco como tem sido este.

“Só para se ter uma ideia dos gastos, a população está a gastar na ordem de dois mil metros cúbicos por dia e os aviários consomem três mil metros cúbicos por dia”, esclareceu Francisco Fernandes, na reunião de câmara do último 10 de agosto. O vice-presidente da autarquia, eleito pelo Movimento Independente, referiu ainda que “após o almoço com os empresários do setor avícola, realizado na Feira das Atividades Económicas, ficou de se agendar uma reunião para se discutir alguns problemas do setor, uma vez que o município tem feito um forte investimento, nomeadamente nas acessibilidades”.

Para Fernando Pires, vereador do PSD em regime de não permanência, deve ser repensado “o futuro da agricultura no concelho”, propondo ao executivo que “no inverno seja realizado um fórum agrícola para se discutir qual o caminho a seguir e para se evitar cair numa monocultura que se vem acentuando com os investimentos em aviários”.

O engenheiro agrícola voltou a insistir para que se “reflita um pouco mais sobre a avicultura, pois já existem no concelho cerca de 80 aviários, que criam postos de trabalho e fixam cá as pessoas, mas também se deve pensar num modelo que permita ao concelho tirar mais partido dos grupos empresariais que se encontram a explorar o nosso ambiente que é um ambiente limpo. Está-se a prestar serviço a grupos empresariais que ainda se encontram no concelho pelo facto do mesmo ter um ambiente limpo, e quando assim o deixar de ser, apenas restarão os pavilhões”, alertou Fernando Pires.

 

PSD pede mais apoios municipais à agricultura

O pedido surgiu pela voz do vereador social democrata. Fernando Pires, na reunião de câmara de 10 de agosto passado, deu conta do plano dos apoios estatais à agricultura, apontando que “o município deve ajudar na formalização das candidaturas e até ponderar mais apoios à atividade agrícola, uma vez que os apoios estatais, muitas vezes, são muito inferiores ao custo real, devido ao uso de tabelas totalmente desatualizadas”.

A observação mereceu resposta do presidente da autarquia, que referiu que “o Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor tem feito um excelente trabalho, sendo até procurado por diversas pessoas de outros concelhos, e que quanto ao setor irá ocorrer uma reunião com a Agência Portuguesa do Ambiente e o senhor secretário de Estado da Agricultura para discutir diversas matérias”. Matérias que Virgílio Cunha considera “importantes, uma vez que, infelizmente, a realidade geoestratégica se alterou muito e tendo em conta os custos de produção, deixou de se produzir e passou-se a importar muitos produtos”.

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