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Covid-19: Coronavírus condiciona atividade no concelho

Pandemia Covid-19 está a afetar funcionamento do mundo, com países paralisados pela quarentena e pelas medidas de contingência para combater propagação do vírus. Escolas, lares, serviços públicos, comércio, convívio e atividades sociais em Aguiar da Beira também já sentem as consequências da infeção

Covid-19 no país e no mundo

O novo coronavírus, Covid-19, partiu, no final do ano passado, da China para o resto do mundo. Quase três meses depois, há já mais de 118 mil casos confirmados, dos quais morreram mais de 4.200 pessoas, segundo um balanço feito pela agência noticiosa France-Presse, com base na Organização Mundial de Saúde (OMS), 59 deles em Portugal, não havendo nenhuma vítima mortal a registar. No total, já são 115 países com casos positivos, em cinco dos seis continentes, e a OMS mudou a definição de epidemia para pandemia, ou seja “a disseminação mundial de uma nova doença” que afeta um número elevado de pessoas.

No nosso país, o primeiro caso confirmado foi, no dia 2 deste mês, no Porto. É precisamente essa a região a mais afetada, 36, os restantes são 17 em Lisboa e três no centro e algarve. Há mais de 400 casos suspeitos, nenhum está identificado como sendo de Aguiar da Beira.

As últimas medidas anunciadas pelo governo português para procurar combater a propagação do contágio do novo coronavírus, vão desde a suspensão de voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas pela epidemia do Covid-19 em Itália à suspensão ou adiamento de eventos em espaços abertos com mais de cinco mil pessoas e de mil em recintos fechados. Em Felgueiras e Lousada, localidades mais afetadas, cerimónias como casamentos e missas, com mais de 150 pessoas, também não se podem realizar. Por todo o país, multiplicam-se os cancelamentos de eventos e medidas para contenção do surto, como o encerramento de escolas.

Itália é o país europeu mais afetado pelo vírus, a nível mundial só a China tem mais, e conta com mais de dez mil casos confirmados e mais de seis centenas de mortos. O país está em quarentena obrigatória. Seguem-se França com 1.784 casos e 33 mortes, Espanha com 1.622 infetados e 35 mortos e Alemanha 1.629 infetados e 3 mortes. A Suíça já passa os 600 casos e 3 mortes. Fora da europa, a Irão (3.042 casos, 291 mortes) e Coreia do Sul (7.755 casos e 242 mortes) são os países com mais registos. Os Estados Unidos contam mais de 900 casos e 28 vítimas mortais associadas ao vírus.

O surto Covid-19 continua a avançar, em Portugal e no mundo. As últimas estimativas da OMS, colocam a taxa de mortalidade provocada pelo novo coronavírus entre os 2 e 4%, fazendo com que o surto seja muito mais complicado que uma gripe normal, provocando mais mortes e colocando mais pessoas em estado grave. Mas, mais de 66 mil pessoas que contraíram o vírus em todo o mundo já estão curados e, dos 80 mil casos confirmados na China, 70% já recuperaram.

 

Covid-19: situação em Aguiar da Beira

No concelho, o novo coronavírus faz já sentir alguns reflexos das recomendações da Direção Geral de Saúde (DGS) para combater a propagação da epidemia, principalmente nas escolas, lares e instituições sociais, serviços públicos, comércio, convívio e atividades sociais, embora, até ao fecho desta edição, não tenha sido registado nenhum caso suspeito ou confirmado. As entidades públicas e algumas privadas seguem as recomendações para prevenir e fazer face a um possível caso de infeção por Covid-19, estabelecendo medidas, circuitos e áreas de isolamento próprias.

O Agrupamento de Escolas Padre José Augusto da Fonseca já tem em funcionamento um plano de contingência: solução antisséptica de base alcoólica disponibilizada em sítios estratégicos, conjuntamente com informação sobre os procedimentos de higienização das mãos; sessões de sensibilização sobre medidas de proteção para os alunos, bem como o cancelamento e/ou suspensão das saídas escolares e visitas de estudo para outros concelhos e estrangeiro. A antecipação das férias da páscoa e o encerramento dos estabelecimentos de ensino também são uma possibilidade, que está a ser equacionada nos corredores do governo.

Ainda no que diz respeito aos estudantes, o baile de finalistas dos alunos do 12º ano, agendado para 21 de março, já foi cancelado. Escola e pais querem também anular viagem de finalistas, prevista para as férias da páscoa no sul de Espanha. Os alunos, que já pagaram a viagem, estão divididos e a agência recusa-se a cancelar as deslocações e a devolver o dinheiro na totalidade. Poderá aqui também haver intervenção do governo para obrigar ao cancelamento, evitando que 10 mil jovens portugueses se submetam a riscos maiores de infeção.

Outros eventos de alunos, como o circuito de natação intermunicipal, que iria receber, a 21 deste mês, nas piscinas municipais da vila sensivelmente 300 jovens e técnicos de 18 escolas da região, foi cancelado.

A solução de higienização das mãos foi a medida adotada, praticamente, por todos os espaços e serviços públicos ou com muita concentração de pessoas, como o centro de saúde ou os lares de idosos. Tanto entidades privadas como particulares de solidariedade social adotaram ainda medidas mais “drásticas”, de modo a proteger este grupo de maior risco, com controlo, redução e até proibição de visitas. É de evitar a ida ao hospital, aconselhando-se primeiro o contacto com a linha de apoio Saúde 24.

No comércio, há um misto de cenários, com as lojas do comércio tradicional e os cafés a notarem uma redução de clientes e os supermercados a registarem um ligeiro aumento das vendas, com a afluência de público para prevenir uma eventual crise de acesso a produtos. De assinalar a quebra drástica do movimento nas lojas chinesas e o aumento da “correria” à farmácia para a compra de substâncias desinfetantes e de máscaras de proteção respiratória, que na farmácia da vila tiveram de ser limitadas por pessoa.

O município também cancelou a participação em eventos de promoção do território, como a Bolsa de Turismo de Lisboa e a Feira Ibérica de Turismo na Guarda, que foram anulados.

A epidemia do coronavírus está a afetar a vida de toda a população, até na forma de cumprimento (evitando-se o contacto), mas, segundo, a DGS não deve haver alarmismos, aconselhando a que sejam seguidas as regras de prevenção e combate ao vírus contagioso.

 

Covid-19: novo coronavírus

O que é?

O novo coronavírus, intitulado Covid-19, foi identificado pela primeira vez em dezembro de 2019, na China, na cidade de Wuhan. Este novo agente nunca tinha sido previamente identificado em seres humanos, tendo causado um surto em Wuhan. A fonte da infeção é ainda desconhecida. Os coronavírus são uma família de vírus conhecidos por causar doença no ser humano. A infeção pode ser semelhante a uma gripe comum ou apresentar-se como doença mais grave, como pneumonia.

Quais são os sinais e sintomas?

As pessoas infetadas podem apresentar sinais e sintomas de infeção respiratória aguda como febre, tosse e dificuldade respiratória. Em casos mais graves pode levar a pneumonia grave com insuficiência respiratória aguda, falência renal e de outros órgãos e eventual morte.

Como se transmite?

A Covid-19 transmite-se por contacto próximo com pessoas infetadas pelo vírus, ou superfícies e objetos contaminados. Esta doença transmite-se através de gotículas libertadas pelo nariz ou boca quando tossimos ou espirramos, que podem atingir diretamente a boca, nariz e olhos de quem estiver próximo. As gotículas podem depositar-se nos objetos ou superfícies que rodeiam a pessoa infetada. Por sua vez, outras pessoas podem infetar-se ao tocar nestes objetos ou superfícies e depois tocar nos olhos, nariz ou boca com as mãos.

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