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Covid-19: “Prevenir, proteger e cuidar é um dever de todos”

Foi com esse espírito de solidariedade que João Varela se juntou ao grupo de voluntariado Academia de Voluntários Amigos Aguiar no Coração para colaborar com a rede de apoio local no apoio aos mais desprotegidos. Uma história de quem deixa a zona de conforto para se dedicar ao próximo

O novo coronavírus – covid-19 trouxe uma das maiores crises de saúde da humanidade. Com ele, chegam também tempos de provas e superações, que nos chamam à solidariedade, união e espírito de entreajuda em favor, principalmente, dos mais desprotegidos, ‘os idosos’. Tempos em que todos somos convidados a dar o melhor de cada um de nós, a mudar a forma como estamos na sociedade, a sair do nosso ‘eu’ e a olhar para o ‘outro’, sempre com um enorme sentido de proteção.

Há uma frase do nosso Papa Francisco, que diz: <<se consigo ajudar uma só pessoa a viver melhor, isso já justifica o dom da minha vida!>> Nesse sentido, e seguindo o ensinamento do Papa, achei que também eu podia dar um pouco mais de mim aos ‘outros’ – aos nossos idosos e a todas os mais vulneráveis.

Assim que tive conhecimento, a partir das redes sociais, da excelente iniciativa da criação da Rede de Apoio Local Concelho de Aguiar da Beira, promovida pelo município, em coorganização com o CLDS 4G Aguiar no Coração, e que estavam a recrutar voluntários, efetuei a inscrição e juntei-me ao grupo de apoio na União de Freguesias de Sequeiros e Gradiz, de onde sou natural.

Neste apoio à comunidade, que ainda está no início, nota-se que as pessoas estão a cumprir à risca as recomendações que ouvem na comunicação social e as que lhe são transmitidas por familiares ou outros. No entanto, é de salientar o medo com que vivem por causa de uma possível contaminação. É de conhecimento geral das pessoas a dificuldade no tratamento da doença, bem como na cura das pessoas mais idosas e nos doentes mais vulneráveis. Daí o enorme pânico em todas elas.

Mais que um contacto para toda e qualquer ajuda, para a aquisição de bens essenciais ou medicamentos, a minha ação e a dos outros voluntários para com essas pessoas serve para aliviar um pouco o ambiente de medo que se vive com a covid-19. Ficam um pouco mais tranquilas por saber que a sociedade não se esquece delas e não as abandona. É bom ouvir frases do tipo: <<ai filhos, ainda bem que nos vêm ajudar para a nossa proteção>>, ou <<ainda bem, que assim, já não saímos de casa enquanto isto durar, e isto ainda vai durar muito!?>>. Isto demonstra bem a importância do nosso papel para esta faixa da população do nosso concelho.

Todos nós temos a obrigação de ajudar, e, parafraseando uma grande amiga minha, <<só estamos a dar às pessoas aquilo que elas em tempos nos deram a nós, com o seu trabalho e a sua sabedoria popular>>. Assim, todos somos chamados a ajudar, seja a colaborar no voluntariado, seja a aconselhar, ou mesmo até a ficar em casa, porque só assim sairemos vencedores nesta luta desigual.

Espera-se que todos unidos, desde as entidades e autoridades, empresas até à população em geral, consigamos minimizar ou reduzir o perigo de contágio. Porque, todos somos poucos nesta luta. Acredito que iremos vencer e tudo irá ficar bem! Não devemos esquecer que prevenir, proteger e cuidar é um dever de todos.

Termino com mais uma citação do Papa Francisco, acerca desta pandemia: <<fomos surpreendidos por uma tempestade inesperada e furibunda, em que todos estão no mesmo barco, todos frágeis e desorientados, mas ao mesmo tempo importantes e necessários, todos somos chamados a remar juntos, todos carecidos de mútuo encorajamento. E, neste barco, estamos todos, todos!>>. Juntos e unidos, venceremos!”

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