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Feriado municipal assinala-se com reconhecimentos

Entrega de prémios de mérito escolar e de acesso ao ensino superior aos alunos aguiarenses e reconhecimento às bombeiras do corpo ativo da AHBV de Aguiar da Beira e às equipas ARC Sport e Jovi Team vão marcar celebrações do dia do município

A 10 deste mês assinala-se o feriado municipal de Aguiar da Beira, que evoca a recuperação concelhia, datada de 10 de fevereiro de 1898, após ter pertencido durante dois anos ao Município de Trancoso. Como tem vindo a ser habitual nos últimos anos, a Câmara Municipal de Aguiar da Beira comemora nesse dia a efeméride com uma cerimónia pública, reavivando a história e reconhecendo as gentes aguiarenses.

O programa comemorativo dos 122 anos da Restauração do concelho terá início às 10 horas, de segunda feira, nos Paços do Concelho, com o hastear da bandeira ao som do hino nacional, seguindo-se, no salão nobre, as intervenções dos presidentes da câmara e assembleia municipal, Joaquim Bonifácio e Virgílio Cunha, respetivamente, no âmbito das celebrações do Dia do Município.

A sessão solene das comemorações do feriado municipal continua depois com a distinção dos alunos do Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira com melhor aproveitamento escolar, assim como dos jovens aguiarenses recém-entrados no ensino superior.

Haverá também o reconhecimento das bombeiras do corpo ativo da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários (AHBV) de Aguiar da Beira, pelo serviço de socorro que prestam em prol da comunidade, e de duas equipas aguiarenses que se têm destacado no desporto automóvel nacional: ARC Sport e Jovi Team. A primeira, foi no mês passado eleita, pelo segundo ano consecutivo, a melhor equipa do Campeonato Portugal de Ralis, a outra, venceu a classe de promoção no Campeonato Portugal de Trial 4×4 2019.

No ano passado, foram distinguidos com a medalha do município a Federação Portuguesa de Orientação, a Associação Ori-Estarreja e o Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira pelo contributo destas entidades no desenvolvimento da modalidade de orientação no concelho. E, a autarquia premiou ainda os melhores alunos do 2º e 3º ciclos e secundário (duas alunas do 6º ano de escolaridade, uma do 9º e outra do 12º), da Escola Padre José Augusto da Fonseca, no ano letivo 2017-18, com um cheque no valor de 250 euros, e 22 jovens aguiarenses que ingressaram nesse mesmo ano no ensino superior com um prémio no valor de 600 euros cada (à exceção de um que recebeu metade do valor por concluído o secundário em 5 ou mais anos).

As celebrações do dia do município encerram com uma sessão de assembleia municipal, agendada para as 14 horas, no salão nobre dos Paços do Concelho.

O feriado municipal surgiu com a Implantação da República Portuguesa, a 5 de outubro de 1910, nomeadamente após ser legislada uma lei para a criação de um feriado em todos os municípios. Inicialmente, Aguiar da Beira escolheu o 24 de julho, dia de São João. A partir de 1997, passou então para a data atual, por se considerar corresponder àquela que representa a recuperação concelhia.

 

Aguiar da Beira vila há 898 anos

É a sede do Município de Aguiar da Beira e a única que tem o estatuto de vila de entre os lugares do concelho. Os registos indicam que a vila de Aguiar da Beira já existia no séc. X, tendo obtido o primeiro foral em 1120, dado por D. Teresa (mãe de D. Afonso Henriques), enquanto regente do condado, e confirmado por D. Afonso II em 1220, seguindo-se-lhe o foral reformado por D. Afonso III em 1258, e o foral novo manuelino, este de 1512.

A carta de foral, ou simplesmente foral, era um documento concedido pelo rei e por outros senhorios laicos e religiosos, que visava estabelecer um concelho e regular a sua administração, deveres e privilégios dos seus habitantes.

Do atual concelho, tal como o conhecemos, houve outras duas aldeias que no passado tiveram estatuto de vila: Pena Verde e Carapito, tendo recebido as suas cartas de foral em 1240 e 1514, respetivamente, e sido extintos em 1836. Os dois povoados foram então incorporados nos concelhos de (Fornos) Algodres e de Trancoso.

Também o Concelho de Aguiar da Beira viria a ser extinto, em 1896, passando para a esfera do Município de Trancoso, ficando dois anos privado da dignidade concelhia, que recuperou no célebre dia 10 de fevereiro de 1898, graças à insistência do povo aguiarense mas essencialmente a duas personalidades do concelho vizinho: “Dr. Abel João da Silva Fonseca, que exerceu o cargo de presidente da Câmara de Trancoso quando Aguiar da Beira pertenceu àquele e tinha sido recentemente eleito deputado pelo círculo da Guarda, e Dr. José Joaquim Fernandes Vaz, que era presidente da Câmara de Deputados, cargo hoje equivalente ao presidente do Parlamento”. Ambos estavam ligados ao Partido Progressista, que havia ganho as eleições em 1897 e regressado ao poder, substituindo no governo o Partido Regenerador. Facto importante que voltou a dar a independência a Aguiar da Beira, conforme pode ler-se na monografia do município, que até à atualidade, 122 anos depois, conserva o estatuto de concelho.

Pela atribuição do primeiro foral, e descontando os dois anos em que lhe viu ser retirado o título de concelho, Aguiar da Beira é vila e concelho há 898 anos.

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