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Governo promete acelerar requalificação do IP3 entre Viseu e Coimbra

Ministro das Infraestruturas comprometeu-se a lançar a obra entre março e junho deste ano, para que as máquinas estejam no terreno em 2024

Considerada a “estrada dos remendos”, é já longa a lista dos enumerados estudos e promessas para uma alternativa ao Itinerário Principal 3 (IP3), utilizado todos os dias por cerca de 18 mil pessoas.

Mais de quatro anos e meio depois do lançamento da tão reivindicada obra [a 2 de julho de 2018], dos 75 quilómetros por requalificar, apenas o troço entre o Nó de Penacova e o Nó da Lagoa Azul (Ponte do rio Dão) foi concluído, e ainda falta lançar concurso para as restantes três empreitadas.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, comprometeu-se a desenvolver esforços para acelerar a requalificação do IP3, entre Viseu e Coimbra. “Farei tudo ao meu alcance para, em articulação com a Infraestruturas de Portugal, acelerarmos o desenrolar desta obra e termos o lançamento da empreitada entre o segundo e o terceiro trimestre de 2023, e máquinas no terreno em 2024”, promessa deixada durante a cerimónia de assinatura do auto de consignação da requalificação da EN229.

“O projeto do IP3 tem sofrido alguns atrasos face ao planeado, não só pelas restrições impostas pelo período de pandemia, mas também devido à dimensão e complexidade do projeto, e ao atraso no processo de Avaliação de Impacte Ambiental”, justificou.

“Sabemos bem da relevância desta estrada que atravessa seis concelhos [Coimbra, Penacova, Mortágua, Santa Comba Dão, Tondela e Viseu], pertencentes aos distritos de Coimbra e Viseu, e que tem impacto na área de duas Comunidades Intermunicipais”, constatou, frisando que esta empreitada rodoviária é a que conta com maior financiamento por parte do Orçamento do Estado 2023.

O presidente da Câmara Municipal de Viseu, Fernando Ruas, aproveitou a presença do ministro para lhe pedir “encarecidamente que o Governo leve a Bruxelas a possibilidade de financiar o IP3 e torná-lo numa autoestrada”. Desafio lançado pelo autarca viseense, de forma a lutar por fundos comunitários para uma alternativa que garanta, no futuro, a tão aclamada “Via dos Duques”.

Quanto às empreitadas em falta, os projetos de execução da duplicação dos restantes troços do IP3, já se encontram em elaboração, a saber: Souselas (IC2)-Nó de Penacova; Nó da Lagoa Azul-Santa Comba Dão e Santa Comba Dão-Nó de Viseu (A25).

Face ao aumento dos preços dos materiais de construção, a Infraestruturas de Portugal não exclui a possibilidade de a intervenção neste Itinerário Principal ultrapassar a estimativa inicial de 134 milhões de euros.

FERROVIA VAI SER REALIDADE EM TODAS AS CAPITAIS DE DISTRITO 

O autarca social democrata abordou, ainda, João Galamba, relativamente ao Plano Ferroviário Nacional, que prevê a construção de uma nova ligação ferroviária entre o litoral e o interior centro, no eixo Aveiro-Viseu-Guarda-Vilar Formoso. “Vi com muito gosto que Viseu está apontado para a alta velocidade. É evidente que não nos agrada o horizonte temporal. Eu próprio não verei nunca essa obra concretizada”, referiu.

“Tendo por base o desígnio de levar a ferrovia a todas as capitais de distrito, o comboio tem mesmo de regressar a Viseu. Portugal precisa e o distrito de Viseu merece”, garantiu-lhe o governante. E acrescentou: “estamos, por isso, convictos de que, em breve, Viseu deixará de ser a maior cidade da Europa sem ligação ferroviária, sendo certo que isso vai permitir catapultar o crescimento desta região e melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, assegurando melhores ligações ao resto do território nacional”.

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