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Manifestação cultural em Dia do Patrono

Agrupamento de Escolas promoveu noite cultural com música, dança, poesia, reconhecendo mérito dos alunos e do benemérito Pe. Fonseca

O Agrupamento de Escolas de Aguiar da Beira celebrou a escola e o legado do benemérito Padre José Augusto da Fonseca, com um sarau cultural com música, dança e poesia. O Dia do Patrono, que se realizou no passado dia 24 de janeiro, no Centro Cultural de Aguiar da Beira, distinguiu também o mérito dos alunos.

Os alunos foram mesmo os maiores protagonistas da noite. Bernardo Duarte, aluno do 3º ano de Pena Verde, surpreendeu tudo e todos com a sua mestria na condução da apresentação, em modo poético, da cerimónia, em conjunto com a diretora, Elisabete Bárbara.

Os dois deram o mote para uma noite cultural e inclusiva, com declamação de poemas e interpretação teatral, intercaladas com atuações musicais e de dança, protagonizadas pelos estudantes dos vários ciclos, professores e funcionários, e muito elogiada pelo público, que esgotou o auditório.

A gala reconheceu ainda o mérito dos alunos que concluíram o ensino secundário no ano letivo 2018-19, com a entrega dos diplomas de mérito. No total, foram 48 os ex-alunos do agrupamento que receberam a distinção.

O Dia do Patrono assinala-se há sete anos consecutivos, por norma, por volta do dia 22 de janeiro, data de aniversário do falecimento do Padre Fonseca, relembrando o homem e a sua obra, o pioneiro de grandes feitos no concelho, um defensor dos valores humanos e um acérrimo crítico das injustiças terrenas, que este ano completa 27 anos da sua morte.

“Sonhemos sempre”

Diretora do Agrupamento de Escolas, Elisabete Bárbara, deixa mensagem evocando Pe. Fonseca

“Decorridos 27 anos sobre a morte do Senhor Padre José Augusto da Fonseca, celebramos aqui, hoje, mais uma vez, a sua Vida. Uma vida que começou a 4 de abril de 1918, em Carapito, e de cujo legado todos nós somos herdeiros. Ser herdeiro de um legado tão extraordinário como aquele que nos deixou o nosso Patrono não significa só que nos abriu o caminho para aquilo que temos e para aquilo que somos hoje, mas significa sobretudo que temos a responsabilidade de abrir o nosso próprio caminho, lutando pelos nossos sonhos. O maior legado de um homem como o Padre José Augusto da Fonseca não consiste nos sonhos que concretizou, mas no exemplo que nos deixa de nunca deixarmos de sonhar. Concretizar os nossos sonhos é aquilo que nos concretiza enquanto pessoas, dar vida aos nossos sonhos é aquilo que nos dá vida a nós.

O Padre José Augusto da Fonseca mostrou-nos o poder dos sonhos. Deu-lhes nome e forma, como, entre outros, o projeto Auto-Construção, que permitiu a muitos aguiarenses construírem o seu lar; o jornal Defesa da Aldeia, voz de informação e de defesa dos interesses do concelho; o Lar da 3.ª Idade e o Colégio. Só alguém com verdadeiro espírito humano e enorme capacidade de trabalho, olhando mais para os outros do que para si mesmo, seria capaz de uma tão extraordinária obra. O senhor Padre José Augusto da Fonseca sabia que a educação pode mudar o mundo e valorizava a cultura, que entendia não dever ser um privilégio de alguns, mas um direito de todos. Costumava dizer «Se um dia tiver fogo em casa, a primeira coisa que eu quero que me salvem são os meus livros.» Ao lutar pelos seus sonhos, lutou também por uma vida melhor para a sua terra e para as suas gentes. Quando morreu, em 22 de janeiro de 1993, tinha o crucifixo no bolso e um papelinho que dizia «Lutar para viver».

Que este seja também o nosso lema. Sem entrar em guerras, mas sem deixar de lutar. Muitas vezes perdendo, mas sem nos deixarmos derrotar. Lutamos com entrega, mas sem rendição. É isso que fazemos todos os dias. Lutamos por uma vida melhor, pelas nossas crianças e pelos nossos jovens, pelos nossos filhos. Lutemos sempre. Sonhemos sempre. Para que o futuro não seja apenas um sonho, mas uma realidade. Uma realidade que somos chamados a construir, todos juntos, inspirados no exemplo do Padre José Augusto da Fonseca, porque, como diz o poeta, o «sonho comanda a vida» e porque «sempre que o homem sonha o mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos duma criança».”

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