Secretaria de Estado da Ação Social já funciona na Guarda

Rita Mendes passa a exercer funções de um território que conhece bem, mas de onde pretende “projetar políticas sociais para o resto do país”

Desde 9 de dezembro do ano passado que a Secretaria de Estado da Ação Social, na tutela do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, está a funcionar na Guarda. Esta é a primeira vez que a cidade recebe uma estrutura do governo.

As instalações da nova Secretaria de Estado da Ação Social ficam provisoriamente naquele que foi o último edifício da empresa Estradas de Portugal, na Avenida Francisco Sá Carneiro, enquanto decorrem obras de adaptação do antigo Palácio das Corporações e Previdência, no centro da cidade (que é propriedade do ministério), onde vai ser o gabinete definitivo da secretária de Estado da Ação Social, Rita Mendes.

É dali, da cidade mais alta de Portugal, que a ex-vereadora e vice-presidente da Câmara Municipal de Aguiar da Beira (de onde é natural), com a experiência e o conhecimento de um território onde a ação social é uma área com forte implantação (quadro superior do Instituto da Segurança Social e antiga diretora-adjunta e interina do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda), tenciona “projetar políticas sociais para o resto do país”.

Em entrevista à rádio Antena 1, aquando da abertura da secretaria de estado, a governante admitiu que “naturalmente, os territórios têm fragilidades distintas, mas o distrito da Guarda, pelas características demográficas e sociais que apresenta, tem uma realidade muito próxima de muitos territórios, nomeadamente do interior”.

Nesta área governativa, que é uma das mais importantes pastas na alçada da ministra Ana Mendes Godinho, a secretária de estado terá com ela uma vasta equipa de trabalho.

“Terei um gabinete de apoio em Lisboa, constituído por três pessoas – um adjunto, uma secretária e um motorista – e que obviamente me darão apoio quer nas reuniões, quer nas diligências que em Lisboa terei de acautelar. A equipa da Guarda é constituída por um chefe de gabinete, dois adjuntos, uma técnica especialista e, neste momento, por uma secretária”, confirmou ao mesmo órgão de informação.

No primeiro dia de trabalho nas novas instalações da Guarda recebeu os deputados eleitos pelo distrito e o executivo da câmara municipal anfitriã. E, a 20 do mesmo mês, acolheu ali a primeira reunião descentralizada da equipa do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social realizada na Guarda, marcando assim formalmente a abertura de sede da Secretaria de Estado da Ação Social.

A ministra Ana Mendes Godinho e os secretários de Estado Rita Mendes (da Ação Social), Ana Sofia Antunes (da Inclusão das Pessoas com Deficiência), Miguel Cabrita (Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional) e Gabriel Bastos (da Segurança Social) anunciaram algumas medidas para a simplificação da relação entre a Segurança Social e os cidadãos e as empresas, como o número da segurança social na hora, visitaram parceiros, instituições e reuniram com os presidentes de câmara do distrito.

“Esse é também um objetivo que vai para além da Guarda e, portanto, o ministério estará uma vez por mês num distrito diferente”, garantiu a secretária de estado.

Rita Mendes realçou ainda a forma como tem sido recebida na Guarda, fazendo-a sentir-se, literalmente, em casa. “Percebi pela reação de autarcas, cidadãos, entidades que foi com muito agrado que acolheram a decisão da descentralização desta estrutura”.

A Secretaria de Estado da Ação Social é uma das três que ficam fora de Lisboa e todas no interior do país (Secretaria de Estado da Valorização do Interior em Bragança e a Secretaria de Estado da Conservação da Natureza, Florestas e Ordenamento do Território em Castelo Branco), decisão do governo que decorre de “uma política de maior proximidade e pretende dar mais importância à coesão territorial”.