Abate de árvores nas Caldas da Cavaca indigna população
Corte de árvores históricas no Complexo Termal das Caldas da Cavaca, no Concelho de Aguiar da Beira, está a gerar muitas críticas nas redes sociais dos munícipes aguiarenses.
Recorde-se que o Complexo das Termas das Caldas da Cavaca está sob a gestão da Caldas da Cavaca SA, empresa que em 2012 recebeu da Autarquia de Aguiar da Beira os direitos de exploração do espaço termal por um período de 50 mais 50 anos de opção e que tem como sócio maioritário Gumercindo Lourenço.
Cronologia
1924
Inauguração das Termas da Cavaca
1983
Câmara de Aguiar da Beira adquire os 417 hectares da Quinta do Banho e terrenos anexos
1993
Câmara cria empresa com privados, minoritários, para explorar as termas
1995
Termas encerram para obras
2008
Termas reabrem com novo balneário e são entregues a uma empresa municipal
2009
Câmara cria a Caldas da Cavaca S.A. Trata-se de uma parceria com privados escolhidos por concurso em que estes ficam com 51% do capital
2011
Câmara (presidida por Fernando Andrade, PSD) cede direitos de superfície sobre parte da propriedade à Caldas da Cavaca S.A. e o Turismo de Portugal aprova financiamento de cinco milhões de euros para a construção de um hotel com spa
2012
Gumercindo Lourenço fica com 80% da Caldas da Cavaca S.A. entregando um terreno que acabara de comprar por 15 mil euros para realizar um aumento de capital de 230 mil
2012/2013
Câmara duplica a validade dos direitos de superfície cedidos à Caldas da Cavaca S.A., aumenta a área cedida e aprova um plano de ação territorial (PAT) que supostamente permite contornar a proibição de construir no local em que o hotel já estava em obras
2013
Executivo camarário do PSD é substituído por uma aliança entre independentes (ex-PSD e ex-CDS) e socialistas. Gumercindo Lourenço suspende as obras do hotel depois de perceber que o Turismo de Portugal se prepara para romper o contrato de financiamento
2015
Turismo de Portugal rompe o contrato, porque as obras não foram sujeitas a concurso e foram adjudicadas a uma empresa do próprio Gumercindo
2016
Câmara e Gumercindo assinam, com efeitos retroativos a 2013, o contrato relativo à execução do PAT, que implica um investimento municipal de mais 1,7 milhões de euros
2017
Rita Mendes demite-se da administração da Caldas da Cavaca, que deixa de ter um representante do município
2018
Termas são abandonadas
2020/2021
Termas continuam abandonadas, tal como o hotel que nunca passou dos toscos
2021
Câmara de Aguiar da Beira coloca ação contra empresa gestora do complexo termal com vista à fixação judicial de prazo para cumprimento de construção de Hotel SPA e requalificação do edificado existente no complexo termal das Caldas da Cavaca
2023
Tribunal fixa prazo de quatro anos para o cumprimento de construção de Hotel SPA e requalificação das construções existentes no complexo termal das Caldas da Cavaca
Notícia em desenvolvimento
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