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Revisão orçamental, atividades do município e testagem em massa discutidos em AM

Sessão de assembleia municipal realizou-se a 22 de fevereiro

Para além da aprovação das medidas e iniciativas da autarquia para responder aos impactos económicos e sociais provocados pela pandemia, foi ainda aprovada, na última sessão da AM, a 1ª revisão orçamental de 2021 e discutidas as atividades do município para este ano e a testagem em massa à Covid-19 no concelho.

A testagem massiva realizada pelas Freguesias de Sequeiros/Gradiz e Souto/Valverde, em janeiro último, foi elogiada pelo deputado social democrata Filipe Pinto, lamentando que “infelizmente outras freguesias não a conseguiram promover por falta de financiamento” e apontando que “o município tinha essa obrigação”. O presidente da junta de Carapito contestou ainda o ritmo “devagar devagarinho” das obras na sua freguesia e alertou que “caminhamos para crise uma económica muito grave”, dando conta do desespero em que estão os empresários do concelho.

A resposta do presidente da autarquia foi evasiva, remetendo o ponto de situação das obras para o vice-presidente do município, José Tavares, lembrando, contudo, que, “se calhar, as obras já deviam ter iniciado, mas que o senhor presidente da junta não votou a favor, absteve-se. Eu como presidente de junta nunca me iria abster de uma situação que, apesar de poder não concordar com ela, desde que venha dar resposta a problemas da minha freguesia, tem que se realizada”. Quanto à crise económica, Joaquim Bonifácio remeteu para as ajudas diretas previstas no regulamento de apoio ao investimento do município e sobre a testagem massiva disse ter sido contactado pelos dois presidentes de junta, tendo a minha resposta sido: “se entendeis que esse é o melhor caminho é à vossa vontade”.

“Não sou contra os testes em massa, sou contra esses testes quando eles só se fazem uma vez. Eu fui claro, sempre o disse, se se fizerem testes à população num dia da semana e na semana seguinte repetir, isso, sim vale a pena, que é um controle”, explicou, lamentando a “enxurrada de críticas que choveram de 1 a 18 de janeiro, no período em que Aguiar da Beira estava no cume de casos”. “São maneiras de pensar diferentes, mas a verdade é que davam exemplos de outros concelhos: ali, sim, trabalhava-se, ali, sim, é que se dava resposta, etc. Eu sempre disse e continuo a dizer: se há coisas com as quais eu concordo no combate à pandemia, é que este começa em cada um de nós, com o uso da máscara e o distanciamento social”.

“Agora, eu pergunto qual é a situação dos concelhos que fizeram testes em massa nesse momento e os concelhos que não fizeram, como o de Aguiar da Beira? Temos nove casos ativos e acredito que já nem nove são. Tudo foi graças ao empenhamento do executivo, juntas de freguesia, IPSS, Bombeiros Voluntários de Aguiar da Beira, centro de saúde, GNR e outras entidades e pessoas. Pois, tínhamos a noção onde estavam essas famílias com casos positivos e tivemos diariamente em consonância, e acreditai que isso também não foi fácil. Não nos podemos lamentar que isso deu muito trabalho, muitas dores de cabeça, muitas horas sem dormir, mas conseguiu-se. Não foi preciso andarmos a propagar determinadas ações, porque o único objetivo era a nossa população”, afirmou.

Joaquim Bonifácio respondeu ainda a Pedro Gonçalves, deputado do PSD, que reclamou mais inovação nas atividades das Grandes Opções de Plano do município, nomeadamente com a promoção online de eventos como a Festa do Pastor e do Queijo, voltando também a mostrar a sua preocupação quanto à degradação do edificado urbano no centro histórico da vila, questionando os resultados do programa de reabilitação “Bairros Saudáveis”, promovido pela autarquia.

“Feiras online? Posso-lhe dizer que esses concelhos que apontou, e que eu respeito, fizeram isso através da CIM Serra da Estrela. Também nós fizemos [no final do ano passado] com a CIM Viseu Dão Lafões, desafiamos empresários e não só a fazerem essa venda online. Sabe quantas pessoas interessadas houve do Concelho de Aguiar ada Beira? Zero. Este ano vamos adquirir alguns produtos a essas queijeiras e distribuí-los pelas instituições que passaram por esta fase dura da pandemia e estiveram impedidas de muita coisa. Vamos dar-lhes a provar como se fossem os convidados da Festa do Pastor e do Queijo, e, assim, estamos ajudar as nossas queijeiras e elas sabem que não estão esquecidas”, referiu o autarca.

“Nós tomámos medidas e com o consenso de todo o executivo, medidas para o imediato e a longo prazo, num valor aproximado de 600 mil euros. Podemo-lo fazer porque, como sabeis, este executivo, além de executar atividades, tem um controlo financeiro que muitos municípios não têm”, lembrou, acrescentando que “de um momento para o outro não podemos dar resposta a todas as situações, porque nem todas as questões o município tem por obrigação dar essas respostas. Somos nós e são vocês com as vossas ideias”.

“Esse regulamento de apoio, que faz parte desta ordem de trabalho, esteve em discussão pública, não basta vir aqui dizer que é preciso fazer isto e aquilo. É importante que deem as vossas opiniões quando esses regulamentos estão em discussão pública. A única resposta que eu lhe posso dar, senhor deputado, é que não vamos ficar quietos”, garantiu o presidente.

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