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Feriado municipal: Discursos de Virgílio Cunha e José Tavares

No dia em que a restauração do concelho comemorou 125 anos, o feriado municipal ficou também marcado pelos habituais discursos dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal.

VIRGÍLIO CUNHA EXALTA PROXIMIDADE COM MUNÍCIPES

Através do “orgulho no nosso passado, fazendo bandeira de valores como a honra e a resiliência”, o presidente do município aguiarense considera como prioridade deste executivo “abranger o maior número possível de pessoas, numa verdadeira política de chegar a todo o lado, com a preocupação de que ninguém fique para trás”, salientou no seu discurso a propósito das comemorações do feriado municipal.

“A nós, poder político, compete-nos e assiste-nos a forte vontade de cuidarmos das populações, de todos e de lhes proporcionar bem estar e qualidade de vida”, enfatizou.

“Se fizermos uma consulta atenta ao nosso plano e orçamento para 2023, teremos a oportunidade de verificar quão diversificadas são as rubricas de investimento, indo das grandes obras, nomeadamente no saneamento básico, saúde, turismo, lazer, habitação, educação, entre outras, à pulverização de pequenas intervenções em todo o espaço do nosso território”. No entanto, admite que, para tal, é preciso um esforço conjunto. “A tarefa não é fácil, mas contando com o contributo de todos, o objetivo a que nos propomos, está ao nosso alcance”, reforçou.

Aproveitou este dia comemorativo para também “reconhecer o mérito de empresas, pessoas e instituições que tudo têm feito para que caminhemos lado a lado na procura das melhores soluções para o dia a dia da nossa coletividade”, e fazer uma retrospetiva ao trabalho efetuado durante o primeiro ano de mandato: “alcançámos metas e conquistámos vitórias”, mas com a consciência que há muito trabalho a fazer: “temos vontade e força anímica para melhorar o que tivermos de aperfeiçoar”.

O edil concelhio destacou, ainda, “o regresso à normalidade pós-Covid-19”, bem como “a realização com êxito dos diversos eventos que já fazem parte do ADN de Aguiar da Beira”. Referiu-se, mais concretamente, à “organização do Campeonato Mundial de Juniores de Orientação (JWOC) 2022, com atletas e respetivas comitivas de 37 países, que trouxeram vida e movimento ao concelho, tornando-nos na capital do desporto de orientação”.

E realçou a projeção “além-fronteiras, pelas nossas paisagens, pelo nosso território, pela nossa gastronomia e pelas nossas gentes”, lembrando o prémio Personalidade do Ano, recebido no passado dia 1 de fevereiro na 26ª edição da Gala do Desporto da Confederação do Desporto de Portugal pela organização do JWOC, “tendo o Concelho de Aguiar da Beira alcançado uma grande notoriedade e uma indiscutível visibilidade”.
“Este executivo vai continuar a trabalhar na prossecução desses objetivos para que possamos impactar orgulho”, deixou a garantia.

JOSÉ TAVARES MANIFESTA PREOCUPAÇÕES ATUAIS NA DEMOCRACIA E DESERTIFICAÇÃO DO CONCELHO

O presidente da AM de Aguiar da Beira também discursou nas comemorações do feriado do município, e mais do que ter enaltecido o trabalho em prol do desenvolvimento concelhio, mostrou-se preocupado com as vicissitudes contemporâneas. “Os tempos atuais não estão fáceis para os cidadãos, o passado recente e a realidade atual trouxeram um novo paradigma social”, mencionou.

Desta forma, José Tavares evidenciou o poder da governação com novas perspetivas para a comunidade. “A realidade social exige de toda a classe política uma nova visão do mundo. O governo, as comunidades intermunicipais e, sobretudo, as autarquias têm cada vez mais, de estar próximas dos seus cidadãos. A economia, o ambiente, a saúde, o emprego, a educação, devem ser cada vez mais o foco das políticas e dos políticos”.

“A democracia só terá sucesso e futuro se estivermos atentos aos diferentes fenómenos sociais e se todos os responsáveis políticos souberem dar uma verdadeira resposta às diferentes necessidades dos cidadãos do país e, sobretudo, do nosso concelho. Se tal não suceder, as ideias fáceis e o populismo vencerão e, como consequência, a democracia sairá fragilizada e derrotada”, admite apreensivo.

E questiona: “que políticas queremos para o nosso país, para a nossa região, para o nosso concelho? Como estamos hoje em termos de povoamento? Esse problema da desertificação preocupa-me de forma significativa”, retorquiu.

José Tavares deixa o alerta: “é preciso implementar novas medidas para estagnar o problema da desertificação, como o incentivo à natalidade, o apoio aos jovens e aos mais necessitados na questão da habitação, aos seniores na aquisição de medicamentos, aos investidores na criação de emprego, entre outras políticas de desenvolvimento”, acautelou.

Consciente da evolução do município, o presidente do órgão deliberativo considera que “ao longo destes anos, muito se fez para melhorar as condições de vida das populações”, relembrando que até há pouco tempo, não havia infraestruturas que garantissem a qualidade e condições de vida adequadas aos munícipes.

Porém, apesar de reconhecer o progresso dos tempos atuais, constatou que continuam a existir disparidades estruturais no país, apontando responsabilidades não só às autarquias, mas, sobretudo, aos diferentes governos, que “devem criar verdadeiras políticas geradoras de equilíbrios e evitar um país a duas velocidades: o litoral, onde se destacam Lisboa e Porto, e o resto do nosso país”.

“É que, se nada for feito, estaremos mesmo a comprometer o nosso futuro”, vincou, responsabilizando ainda os cidadãos “que se deixam levar pela apatia e pela comodidade” e e apelando para que sejam “mais ativos e participativos”.

O presidente da AM terminou o discurso felicitando os alunos premiados e os colaboradores do município homenageados e concluiu esperançoso: “Tal como aqueles Aguiarenses que há 125 anos atrás foram resilientes, também hoje vamos continuar a sê-lo por este concelho que tem futuro”.

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